O que é a avaliação para confirmação diagnóstica e eventual tratamento cirurgico de epilepsia?
A avaliação para confirmação diagnóstica e eventual tratamento cirurgico de epilepsia visa registrar com Vídeo-Eletrencefalografia as crises típicas, sejam elas epilépticas ou não epilépticas, para permitir uma adequada classificação do tipo de crise e localizar em que parte do cérebro as elas iniciam. O procedimento inicia-se com uma avaliação do caso, realizada por um neurologista com Título de Especialista em Neurologia e Neurofisiologia Clínica – Área de Atuação em Eletrencefalografia e ampla experiência em epilepsia de adultos e crianças, crises não epilépticas psicogênicas e tratamento cirúrgico de epilepsia, para rever o quadro clínico, os exames e os tratamentos já realizados e planejar a melhor forma de investigação com vídeo-eletrencefalografia e neuroimagem para o caso, além de elaborar uma proposta de tratamento medicamentoso, neuromodulação ou cirurgia de epilepsia ao medico solicitante da avaliação, se ele assim o desejar.
Para o registro com Vídeo-EEG de um número adequado e elucidativo de crises típicas com segurança, o paciente, acompanhado de um familiar, é mantido sob permanente vigilância em uma Unidade de UTI-Epilepsia, sendo frequentemente necessário reduzir ou retirar a medicação antiepiléptica em uso, visando facilitar a ocorrência de crises epilépticas. A duração desta internação é usualmente de 3 a 5 dias.
A localização da zona epileptogênica, a ser ressecada em um eventual tratamento cirúrgico de epilepsia, é baseada na congruência de 3 achados: a) o local de início das crises epilépticas (pelo registro com Vídeo-EEG); b) a lateralização e a quantificação do déficit funcional (pela avaliação neuropsicológica) e c) localização e tipo de alteração estrutural epileptogênica (pela Ressonância Magnética Encefálica).
Com base nestes achados é estabelecida uma proposta de tratamento medicamentoso, cirúrgico ou de neuromodulação, com estimativas de resultados e riscos, que será discutida com o médico solicitante e posteriormente apresentada ao paciente e familiares.