Qual é o tratamento da epilepsia?
O tratamento das epilepsias é inicialmente medicamentoso.
Deve-se buscar sempre a droga ideal para cada paciente, baseado na síndrome epiléptica diagnosticada. Atualmente existem dezenas de drogas que podem ser utilizadas para o tratamento medicamentoso das epilepsias e a sua aplicação clínica deve ser criteriosa, devendo-se, sempre que possível, evitar a associação de múltiplas drogas frente ao risco de aumento nos efeitos colaterais.
Da mesma forma, deve-se avaliar o benefício do uso de doses muito elevadas, que podem causar sintomas indesejados, sem melhora significativa da frequência das crises epilépticas.
Novos medicamentos antiepilepticos tem sido lançados para o tratamento de epilepsia, frequentemente com menos efeitos adversos, menor interação com outros medicamentos e maior custo, porém nenhum deles tem se mostrado significativamente mais eficaz para o controle das crises que os antiepilepticos tradicionais.
Aproximadamente 60 a 70% dos pacientes com epilepsia as crises serão controladas com medicamentos antiepilepticos. Em cerca de 30% dos pacientes, as crises epilepticas persistem apesar do uso de diversos antiepilepticos - são as epilepsias refratárias ao tratamento medicamentoso. Estes pacientes deverão ser submetidos a uma avaliação para confirmação diagnóstica e eventual tratamento cirurgico de epilepsia.